"Beatles num céu"... em Brasília



Depois do sucesso do musical Vale Tudo – Tim Maia, na cidade, a Park Show apresenta o musical “Beatles num céu de diamantes”. Após conquistar uma marca de quase 200 mil especatores nas apresentações que já fizeram no Rio, São Paulo, Curitiba e até em Lyon, na França, e ganhar dois prêmios Shell, chegou à vez de Brasília receber este lindo espetáculo. 

Elogiado pela crítica e público, há três anos em cartaz, o musical sai pela primeira em turnê e fará apresentação única no dia 09 de junho, no Centro de Convenções Ulisses Guimarães. O segredo do sucesso do espetáculo é que, após quase quatro décadas do fim do grupo, a dupla de diretores Charles Möeller e Claudio Botelho conseguiu fazer quase o impossível: criar algo original a partir da obra dos Beatles. 

Sem diálogos e acompanhados de piano, percussão e violoncelo, dez cantores-atores criam uma fantástica história através de quase 50 músicas da banda inglesa. Entre as canções escolhidas estão: “Help”, “I wanna hold your hand”, “Lucy in the sky with diamonds”, “Let it be”, entre outras. A simplicidade do musical também está no cenário. Guarda-chuvas, malas, giz, bolhas de sabão, papel picado e cadeira são os recursos cênicos utilizados.


 “Os Beatles são considerados a banda mais bem-sucedida da história e com fãs, desde jovens a velhinhos, no mundo inteiro. Por isso, é muito complicado mexer com a obra do grupo. É gratificante e surpreendente as proporções e o sucesso que o nosso musical tomou e estamos muito empolgados com essa nova temporada. Queremos que os cariocas tenham essa última oportunidade de entrar no nosso mundo beatlesmaníaco”, comenta Charles Möeller. 

No palco, estará reunido todo o elenco que já encenou o espetáculo em diferentes fases: Gottsha, Chris Penna, Thiago Marinho, Kacau Gomes, Jules Vandystadt, Marya Bravo, Pedro Sol, Felipe de Carolis e Analu Pimenta serão acompanhados pelos músicos Claudia Elizeu (piano), Lui Coimbra (violoncelo) e Jonas Hammar (percussão) que também canta e atua no espetáculo. 

Ganhadores do Prêmio Shell de Teatro (arranjo musical), “Beatles num céu de diamantes” foi classificado como um dos maiores sucessos da temporada teatral de 2008 e passou por cidades como Rio de Janeiro, Curitiba, São Paulo e Lyon, na França. “A música dos Beatles é universal, então não tivemos nenhum problema em nos apresentar em outros lugares do mundo”, revela Claudio Botelho. 


SERVIÇOS

Local: Centro de Convenções Ulysses Guimarães
Endereço: Eixo Monumental - Brasília
Telefone do Local: ---
Data: 09/06/2012
Ponto(s) de Venda(s):
Central de Ingressos – Brasília Shopping – Piso G2 (sem tx de conveniência)
Free Corner (Brasilia Shopping) e FNAC (Parkshopping)
Informações: (61)3364-0000 - facebook.com/parkshowproduções - @parkshow
Valor dos Ingressos:
Vip Gold: R$ 80 (meia-entrada)
Gold Lateral R$ 80 (meia entrada)
Vip A: R$60 (meia entrada)
Vip B: R$50 (meia entrada)
Superior: R$40 (meia entrada)

*valores de meia-entrada. Valores sujeitos a alteração sem aviso prévio.

Desconto de meia entrada para: estudantes, idosos, professores, funcionários públicos.

Desconto de 50% sobre o ingresso inteiro: Clientes Credicard, Cliente Sempre Você do Correio Braziliense, Academia Abody Teck, Cartão Claro Clube, funcionários SICOOB, Clientes Clubin , VIP Mormaii, OAB, CREA, CRM, CAU, Mais Brasília Card do Brasili

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Musicais investem R$ 60 milhões no Brasil




A afirmação de que o teatro é uma arte sem dinheiro não cabe no mundo dos grandes musicais.
Há cerca de dez anos, o Brasil entrou na rota das superproduções internacionais e formou mercado técnico e artístico para atuar nestes espetáculos, que já investiram R$ 60 milhões por aqui e geram 25 mil postos de trabalho.

São Paulo é a Broadway brasileira. A cidade possui três grandes salas dedicadas quase que exclusivamente a musicais: os teatros Abril, o maior de todos, com 1.530 lugares, Bradesco (1.457 lugares) e Alfa (1.110 lugares). Além disso, outras salas da capital sediam musicais de estrutura cenográfica menor, como os teatros Frei Caneca (600 lugares), Sérgio Cardoso (856 lugares) e Procópio Ferreira (671 lugares).

Oferta ao público é o que não falta na maior metrópole nacional. Neste fim de semana, por exemplo, estão em cartaz em São Paulo, ao mesmo tempo, cinco grandes musicais: Tim Maia – Vale Tudo, no Procópio Ferreira, Hair, no Frei Caneca, O Violinista no Telhado, no Alfa, A Família Addams, no Abril, e Priscilla – Rainha do Deserto, no Bradesco.

Se o brasileiro já se apaixonou em ver atores cantando e dançando, ainda se queixa dos preços altos deste tipo de produção. Os ingressos para um musical em São Paulo podem variar de R$ 40 a R$ 250. É a forma que produtores encontram de ter lucro diante de investimentos que muitas vezes ultrapassam os R$ 6 milhões.

Amanda Acosta
A atriz e cantora Amanda Acosta, que protagonizou um dos musicais mais vistos no Brasil, My Fair Lady, que levou 150 mil pessoas ao Alfa em 2007, afirma que a era dos musicais veio para ficar.

- Os artistas brasileiros estão se aperfeiçoando cada vez mais, fazendo cursos se dedicando. E o público percebe essa qualidade e prestigia nossos espetáculos. Acho que os musicais só tendem a crescer cada vez mais.

Tal crescimento atrai novos artistas ao gênero, como a atriz Vanessa Barros, que resolveu se aprofundar nos estudos para fazer bonito nas audições.

- Decidi me especializar em teatro musical quando eu enxerguei que essa atividade podia ser uma profissão. Fazia show de patinação artística e já tinha repertório de musical na cabeça. Além disso, era uma forma de aliar três artes que, separadamente, já têm uma enorme capacidade de comunicação: a dança, o teatro e o canto.

Montagem nacional de "Hair" 

Em Nova York, musical é levado a sério. E merece estudos especializados, por aqui ainda coisa rara. Uma pesquisa feita entre junho de 2010 e junho de 2011 apontou dados sobre o público que frequenta a Broadway. Dos 12,5 milhões de espectadores no período (65% mulheres), cerca de 10,3 milhões assistiram a musicais e apenas 2,1 milhões prestigiaram peças tradicionais, enquanto só 55 mil espectadores viram especiais.

Entre junho de 2008 e junho de 2009, a Broadway gerou quase US$ 10 bilhões para a economia nova-iorquina, criando 84,4 mil empregos. Os musicais ainda servem para atrair público de outros lugares à cidade. Do público que frequenta os teatros da 5ª Avenida, 62% são turistas e apenas 38% é de população local. E trata-se de um público qualificado, já que 41% dos espectadores têm curso superior.


Fonte: R7

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Jessie J quer fazer musicais!



Jessie J revelou que adoraria participar de musicais na região londrina de West End, local de muitos teatros e atrações culturais na capital britânica.

De acordo com o tabloide The Sun, a cantora e jurada do programa The Voice UK tem o sonho de fazer o musical Cats, do compositor Andrew Lloyd Webber.

Quando criança, a estrela participou da montagem teatral de Whistle Down The Wind (no Brasil, O Vento Também Tem Segredos), filme lançado em 1961, e está muito interessada em um retorno às raízes:

"Eu adoraria fazer musicais, estudei para isso. Comecei a escrever um, mas ele foi posto de lado", disse Jessie. "[O musical] é sobre a vida e sobre sentir-se bem. Já é hora de haver algo no teatro a que as crianças possam assistir e então sair de lá pensando que elas têm a capacidade de mudar o mundo e fazer algo com a vida delas caso estejam em uma má situação."

Esta semana, Jessie J tornou-se a primeira artista feminina britânica a emplacar seis singles do mesmo álbum no top 10 da parada do Reino Unido.

Fonte:Vagalume

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A Broadway na Costa Brasileira



Em Setembro de 2011 a Playbill uniu forças com a companhia de cruzeiros de luxo Regent Seven Seas para promover um cruzeiro intitulado Broadway on the High Seas. A viagem inaugural durou dez dias e visitou diversos portos no Mediterrâneo. Mas a novidade estava dentro do navio pois à bordo estavam quatro vencedores do Tony: Brian Stokes Mitchell (Kiss Me, Kate), Christine Ebersole (42nd Street, Grey Gardens), Andrea Martin (My Favorite Year) e Debra Monk (peça Redwood Curtain), que ficaram responsáveis pelo entretenimento da tripulação, sob a direção musical de Seth Rudetsky.

Este ano, no dia 6 de Dezembro, o cruzeiro irá zarpar novamente, só que desta vez ele passará pela Argentina, Uruguai e Brasil. À bordo teremos novamente Christine Ebersole e, para acompanhá-la temos Sherie Rene Scott, que originou na broadway os papéis de Amneris (Aida), Ursula (A Pequena Sereia) dentre vários outros, a talentosa Marin Mazzie (Kiss me, Kate, Ragtime), ao lado de seu marido Jason Danieley (Curtains, 110 in the Shade). Rudetsky retorna como diretor musical.

"Nossa viagem inaugural do Broadway on the High Seas excedeu nossas melhores expectativas," disse Philip Birsh, presidente da Playbill. "Sentimos uma química especial entre nossos artistas e as mais de 140 pessoas que fizeram parte do nosso grupo. Não tenho dúvidas de que reacenderemos esta paixão compartilhada pelo teatro e pela aventura de viajar no Broadway on the High Seas 2. Já temos mais de 100 amantes do teatro registrados para nos acompanhar pela nossa aventura na América do Sul e esperamos poder dar as boas vindas a muitos outros."

Na viagem de 10 dias, o navio visitará Buenos Aires, Montevidéu, Punta Del Este e no Brasil passará por Rio Grande, Porto Belo, Santos, Ilha Grande, Búzios e terminará a viagem no Rio de Janeiro. Para maiores informações visite o site oficial do cruzeiro no endereço www.playbillcruise.com

Por: Rafael Oliveira


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Imperdível: Audition Class


A cada ano, surgem novas produtoras de Teatro Musical tanto no eixo Rio/São Paulo quanto em Brasília e outras cidades. Em busca de protagonistas para os espetáculos, as produtoras promovem AUDIÇÕES, nas quais os candidatos (na maioria das vezes pré-selecionados por currículo e foto) são avaliados e selecionados para participar das montagens.

Com o objeto de auxiliar os candidatos no processo da audição um time de feras da área de teatro musical (veja abaixo mais sobre os palestrantes) resolveu realizar este workshop. Através de exercícios teóricos e práticos o curso será conduzido para tirar dúvidas sobre o processo de audição do eixo RJ-SP além de outros mercados em crescimento para os musicais. 

Serão oito horas de curso, divididas em dois domingos, dias 22 e 29 de abril, no Teatro do Centro de Ensino Especial 01 de Brasília 912 sul (ao lado do Sigma)

Os palestrantes


Thais Uessugui

Thais Uessugui está na cena musical desde 1997, quando formou sua primeira banda em Brasília. Já fez diversos trabalhos na cidade como cantora, locutora e atriz. Fez parte das bandas FunQ, Flashblack, Bossafunk, Joy Band, BSB Disco Club; como backing vocal de Celso Salim, Rafael Cury e Dillo D’Araujo.

Participou da gravação de diversos discos de artistas locais e dirigiu vocalmente alguns deles. Participou de 3 edições do festival Porão do Rock e do Brasil Clube. Gravou o CD Japonêga, lançado em 2008 pela GRV discos, com grande aceitação do público e da mídia especializada.

Paralelamente, desenvolveu estudos em Teatro Musical. É membro fundador da Associação de Livres Espetáculos de Brasília (ALEBRA), do Dinner Show e da Escola de Musicais de Brasília. Em sua passagem de três anos em São Paulo, fez parte do elenco de companhias como o Cine in Show, Broadway Brasil e Consulado do Som; fez parte do corpo docente da Casa de Artes OperÁria.



Rafael Oliveira

Rafael Oliveira é diretor cênico, roteirista e versionista da Escola de Teatro Musical de Brasília (ETMB). Está envolvido com Teatro Musical desde 1999 quando atuou e trabalhou na técnica de diversos musicais da Cia. dos Menestréis, dirigida por Deto Montenegro.

Trabalhou na Cia. Teatral Néia e Nando de 1999 a 2007, sendo ator, roteirista, assistente de direção e coreógrafo de mais de 70 montagens da Cia. Foi diretor cênico da Alebra em vários espetáculos da associação. Em seus últimos trabalhos estão os musicais Um Homem pra Chamar de Sir (2010) e Correndo Atrás (2011), ambos de sua autoria.

Faz parte da banca examinadora das audições internas da Escola de Teatro Musical de Brasília e conhece de perto as audições do Rio de Janeiro, onde mora.


Walter Amantéa

Aos 13 anos ingressou no Instituto de Música do DF, onde se formou em piano clássico e popular, música de câmara, teoria musical, harmonia, percepção musical, correpetição, canto coral e história da música. Participou da Orquestra de Órgãos e Teclados de Brasília, tocando nos musicais O Fantasma da Ópera e A Bela e a Fera. Foi correpetidor e pianista do musical "Sister Act", apresentado no Teatro dos Bancários.

Em 2004, foi o diretor geral e o pianista do espetáculo Disney para Piano e Voz. No mesmo ano fundou a ALEBRA - Associação de Livres Espetáculos de Brasília, um conceituado grupo de teatro-musical da cidade, onde participou de vários espetáculos musicais, dentre eles Disney para Piano e Voz 3, Grease, RENT e Uma Noite no Cinema.

Em 2010, participou da montagem "Bom Dia, Baltimore", como correpetidor e pianista. No mesmo ano, foi idealizador, coordenador e diretor musical do projeto Um Mundo Bem Melhor, versão brasileira do clipe We are the World.

Atualmente, é pianista correpetidor da Escola de Teatro Musical de Brasília, que faz espetáculos semestrais no Teatro Nacional desde 2007. Também é correpetidor e pianista do grupo PianoVox, pelo qual se apresenta acompanhando cantores.



Vagas Limitadas.



Para inscrições, formas de pagamento e maiores informações por favor entre em contato!
Site: https://sites.google.com/site/wtmauditionclass/
E-mail: wtm.rafaeloliveira@gmail.com
Telefone : (61) 8401-2086 (Renata Bittencourt)

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Diário do Nordeste: O show tem que continuar


Com estreia marcada para o próximo sábado, dia 14, no Teatro Marista, os atores-bailarinos-cantores do elenco de “Audições Abertas - O Musical” não param. Tudo tem que estar afinado e ensaiado. “Artista de musical é difícil porque exige mais. E, por mais que seja um espetáculo menor, sempre é uma super produção. É uma arte americana, né?”, dispara um dos diretores do musical cearense Juracy Oliveira.

Ele tem apenas 20 anos, mas já acumula três musicais no currículo, além de vários espetáculos de dança. É a vida de bailarino. Tudo começa muito cedo e não se pode parar. Ele se divide entre várias academias, onde leciona dança, e os ensaios da montagem baseada no famoso “A Chorus Line”, musical da Broadway de 1975. E, em pleno sábado à tarde, ele tem pique e disposição de comandar o ensaio do último número do show. Corrige os saltos, repete a coreografia e a contagem, tudo sem deixar de cantar.


Aficionado pelo gênero, Juracy conta que sempre sonhou com uma adaptação de 'A Chorus Line'. “Estou no Grupo 'Às de Teatro' desde o primeiro musical que fizemos, o 'Você não consegue parar!' (2009 a 2011), e sempre sugeri ao Glauver Souza, diretor da companhia e do espetáculo, que fizéssemos esse. Até que, depois de 'Companhia' (2011 e 2012), concordamos em trabalhar o 'Audições Abertas'", confessa.

Para Glauver, a montagem veio no momento certo porque é a que exige mais dança, canto e interpretação dos artistas. Era preciso experimentar e ter experiências anteriores. Além disso, o diretor comemora o momento tão fecundo e de exposição desse tipo de trabalho no teatro e na TV. 

“Não é que o musical tenha saído de moda. É que no Brasil não tínhamos estrutura para um espetáculo tão grande. Agora, temos teatros que comportam receber musicais da Broadway. No Ceará, a estrutura ainda não é tão boa, mas temos uma galera que está se voltando para aprender mais sobre isso. Um grupo de artistas completos”, destaca o diretor do grupo Às de Teatro. 

O que falta ainda é apoio para produções de grande porte. Apesar do comprometimento do elenco, os artistas não são remunerados. Muitas vezes, tiram do próprio bolso para depois serem ressarcidos. “Como não recebemos para fazer o espetáculo, trabalhamos em outros lugares, dando aula, estudamos... Por isso, ensaiamos aos sábados e domingos o dia todo e às quartas-feiras, de 21h até meia noite. É realmente um trabalho muscular”, explica Juracy.

Vida de artista

Aline Sampaio, 25 anos, dança desde criança e tem formação em Artes Cênicas. Está no elenco de “Audições Abertas” porque é apaixonada pelo gênero teatral. “A gente faz por paixão, ensaia de madrugada, finais de semana. A gente fica sem tempo para vida social e muitas vezes a família e os amigos não entendem”, diz a jovem que está estreando em musicais.

Acostumada a dançar e interpretar, ela vem ralando é para cantar bem. “Deus não dá asa a cobra. Se tivesse uma garganta boa, menina, ninguém me segurava”, brinca ela, que reconhece que se dedica mais às aulas de canto para suprir essa dificuldade.

O canto também é a zona mais frágil de Carol Benjamin, 31 anos. Uma das mais experientes do grupo, ela tem que “rebolar” para dar conta do trabalho de professora de dança e de teatro, com ensaios e família. 

No ensaio que acompanhamos, o filho João Lucas, de 6 anos, assistia à aula como se aquele mundo fosse muito natural. “Ele já se acostumou a isso. A gente tem um tempo diferente. Nossos horários são alternativos e para estar com ele e ensaiar tenho que trazê-lo”.

Profissional há mais de 15 anos, Carol pontua que a convivência com os demais 14 bailarinos é muito boa. “Passamos muito tempo juntos. Tínhamos que nos dar bem, se não...”, brinca. 

É a convivência também que permite a troca de experiências. Veterana, Carol tem muito o que passar para Iago Amaral, 19 anos. Bailarino desde 2005, ele é do tipo focado e perfeccionista. Apesar de jovem, garante que consegue dar conta de um mundo de coisas (faculdade de educação física, aula de jazz, ensaios da companhia de Dança e de Teatro). Mas, só vive para isso. “Estou o tempo todo dançando, concentrado no texto, no meu carro só toca o CD do espetáculo para eu ficar treinando. Tenho dificuldade de separar as coisas e meus amigos não entendem isso”, constata.

Dedicadíssimo, Iago já contundiu os dois joelhos e os tendões do pé dançando, mas vem aprendendo a se poupar, mesmo com a estreia chegando. “Não é só mais o corpo. Agora tem a voz também”, justifica.


Por: Karine Zaranza para o Diário do Nordeste

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EM Curitiba: Musicais nacionais em destaque


Por: Carolina Braga - EM Cultura

Curitiba – Eternizada pelo papel de Dorothy Gale em O mágico de Oz, a atriz Judy Garland teve uma personalidade bastante descolada da imagem da garota do filme infantojuvenil. É justamente a mulher inconstante, viciada e temperamental que ganha a cena no musical Judy Garland – O fim do arco-íris. A montagem, que esteve em cartaz no Festival de Teatro de Curitiba, é mais uma prova de que a dupla carioca Charles Möeller e Cláudio Botelho deu nova cara ao musical nacional. Só a representação do gênero em um evento com o perfil como o de Curitiba já mostra que este tipo de teatro retomou posição destacada na agenda nacional de artes cênicas. Somada a isso, a ovação do público que lotou o Teatro Guaíra ao fim da sessão de estreia é prova de que a variedade faz bem para a arte.

O musical nacional perdeu a pieguice e o mau gosto de outros tempos. A recente passagem de Cláudia Raia e seu Cabaré por Belo Horizonte também deixou essa impressão. Judy Garland – O fim do arco-íris estreou primeiro no West End londrino, onde Charles e Cláudio viram e compraram os direitos para montar a peça no Brasil. Somente este ano o musical chegará ao badalado circuito da Broadway. O texto do inglês Peter Quilter é o primeiro ponto positivo da montagem. Apoiado em passagens reais da vida da estrela, o autor consegue contar a história da decadência da diva sem ser didático. 

A empatia como protagonista surge sem drama, melancolia ou tristeza. Quem só a conhecia na pele de Dorothy se surpreende ao descobrir a mulher que eternizou a personagem. Judy Garland não se levava a sério. Ria de si mesma, não tinha papas na língua. É justamente o escracho de Judy Garland que vira ferramenta para o dramaturgo. A decadência é contada pelo viés do humor ácido e da forma irônica como ela mesma olhou para a própria trajetória. 

São apenas três personagens. Cláudia Netto está irretocável no papel de Judy. No elenco masculino, Francisco Cuoco, como o amigo fiel e pianista Anthony, e Igor Rickli, como o quinto e último marido, não conseguem atingir a mesma intensidade dramática. Enquanto Cuoco se deixa levar por trejeitos clichês dos homossexuais, Rickli também comete o mesmo erro ao cair no lugar comum do machão. A peça se passa nos seis últimos meses de vida da artista. Na época, enquanto cumpria temporada do show The talk of the town, em uma boate em Londres, vivia numa suíte do Hotel Ritz. Não há efeitos tecnológicas mirabolantes, apenas truques tradicionais dos palcos na transição de um ambiente para o outro. 

O espetáculo é apresentado sob duas perspectivas bem distintas: uma essencialmente teatral e outra musical. É como se a plateia pudesse ver Judy a partir de dois pontos de vista. De um lado, a artista maravilhosa e, do outro, a mulher insegura, mas extremamente irônica. Se no interior da suíte ela destila críticas em relação a si mesma e se entope de drogas, na hora do show tenta ser o mais profissional possível. Como não poderia deixar de ser, a trilha sonora se sustenta por standards, apresentados ao vivo. For once in my life, Smile, The man that got away, Just in time, The trolley song, How insensitive e, claro, Somewhere over the rainbow. Aliás, a música mais marcante da carreira dela aparece como pano de fundo em vários momentos do espetáculo. 

Para aqueles que ainda torcem o nariz para os musicais, Judy Garland – O fim do arco-íris reforça o convite para abrir o coração. Charles Möeller e Cláudio Botelho descobriram a fórmula do musical nacional. Agora é seguir em frente com novas produções.

“Não venda seu ingresso para cambista. Doe para um estudante de teatro”, gritava Francielli Gomes na porta do Teatro Guaíra. Aluna do terceiro ano de artes cênicas, é assim que todos os anos ela consegue ver boa parte da programação do Festival de Teatro de Curitiba. Mas ela não faz isso sozinha. Francielli é apenas uma integrante do Movimento dos Sem Ingressos (MSI), criado há nove anos paralelamente ao evento. “Surgiu porque fomos liberados das aulas para ver as peças e fazer resenhas. Mas não conseguíamos comprar os ingressos. Aí decidi ir para a porta do Guairão e pedi para um senhor. Para a minha surpresa, ele tirou do bolso um bolo com 14 cortesias. A partir daí tive a ideia”, lembra Débora Cristina dos Santos, a idealizadora do MSI. 

Além de marcar presença na entrada de cada sessão, os integrantes do movimento também criaram uma espécie de circulação de ingressos. Todos os dias, entre 10h e 19h30, ficam na porta da sede do festival, seja para receber doações de companhias ou para a distribuição das entradas. Este ano, o MSI já ultrapassou a marca de 900 ingressos coletados. Francielli Gomes observa que são justamente os alunos de artes cênicas que marcam presença nas plateias do Fringe, a mostra paralela. “São muitos espetáculos em pouco tempo. Curitiba não tem como absorver isso tudo”, completa Débora. “É meio corrido. Colocam muita peça em pouco tempo e aí acaba que algumas têm que ser canceladas por falta de público”, comenta Milena Becker, também estudante de produção cênica. 

Para quem está acostumado com o fervor causado pelos festivais mineiros, seja cinema, teatro ou dança, a aparente indiferença do público paranaense ao Festival de Teatro de Curitiba chega a ser estranha. “A cidade gosta do festival, tanto é que está tudo lotado. Mas é um pouco diferente do que ocorre em Belo Horizonte. Em Minas, há um pouco mais de orgulho. Curitibano é pouco expansivo”, explica Lúcia Camargo. Curadora do Festival de Curitiba desde 1995, em 2010 integrou a equipe de seleção dos espetáculos que integraram a programação do FIT, em Belo Horizonte. “Aqui é assim: as pessoas vêm, participam, gostam, mas não saem abraçando a gente por causa disso. Nesse ponto, Belo Horizonte é melhor. Vocês adulam a gente”, compara Lúcia. 

A repórter viaja a convite do festival

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Crítica "As Mimosas da Praça Tiradentes"


Há seis anos Gustavo Gasparani iniciou um trabalho de pesquisa e busca por uma dramaturgia genuinamente brasileira para musicais, reconhecido com o Prêmio Shell 2009 de melhor Texto pelo musical "Oui, Oui... A França é Aqui!". Este ano, em conjunto com Eduardo Rieche, Gasparani escreveu uma homenagem sobre as mimosas meninas que ajudaram a firmar a Praça Tiradentes por mais de um século como o grande centro de efervescência cultural da cidade.

A peça está em cartaz no Teatro Carlos Gomes, e o endereço não poderia ser melhor. A própria história do teatro se confunde com o enredo da peça. Como já era de se esperar de Gasparani, houve uma detalhada pesquisa sobre o centro histórico do Rio de Janeiro, mas os autores resolveram se focar mais na diversão e nas aventuras e desventuras entre as Mimosas, sendo muito pontual ao contar a história da praça.


A impressão que temos é de que o objetivo principal do roteiro é se fazer rir, e, felizmente, o objetivo é alcançado. Super atualizado com as últimas gírias dos travestis, o que, por si só, já é o suficiente para arrancar boas risadas. O fio condutor é o mesmo já útilizado por inúmeras peças e filmes, mostrando as artistas lutando para reerguer um cabaret afundado em dívidas, com um desfecho previsível e sem grandes emoções.

A trilha sonora da peça é bastante empolgante. Ao ouvir músicas como "Pra Uso Exclusivo da Casa" cantada por Gasparani encarnado na pele de Vânia, você não consegue mais imaginar a canção sendo cantada em outro contexto, num casamento perfeito entre a letra e a ambientação da peça. Alguns números entram de repente e vão embora sem mostrar a que veio, mais a maioria deles se encaixaria perfeitamente num show de drag, e servem para mostrar o exagero e a espontaneidade das personagens.

O cenário de Ronald Teixeira é um show à parte. Quando as cortinas se abrem temos instantaneamente a lembrança dos cenários do teatro de revista, com muitas escadas e planos diferentes e, ao mesmo tempo, retrata bem um cabaré com seus tons escuros e um toque de decadência sem perder a elegância. O figurino de Marcelo Olinto é expressivo e exuberante, com direito a muitas trocas como "manda o figurino" de musical.

"As Mimosas da Praça Tiradentes" é uma peça divertida, que tenta prestar uma homenagem à Praça Tirandentes, mas não consegue colocar a importância histórica do local à frente dos números musicais multicoloridos. Mas, quem quiser saber da história, que recorra aos livros, quem estiver à procura de boas risadas, cenas de dança e, impossível não comentar, os corpos sarados do corpo de baile, as Mimosas estão à sua espera na praça Tiradentes.



Por Rafael Oliveira
Diretor cênico, roteirista e versionista da Escola de Teatro Musical de Brasília (ETMB)

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Cd de "Smash" chega em maio


O primeiro CD extraído da série “Smash” será lançado no dia 1º de maio. De acordo com o site Amazon, o disco terá 13 faixas entre covers e originais cantadas pelo elenco na série do canal NBC e que tem a produção executiva de Steven Spielberg.

Entre os covers em “The Music of Smash” estão “”Beautiful”, da Christina Aguilera; “Price Tag”, da Jessie J; “Haven’t Met You Yet”, do Michael Bublé; e “Shake It Out”, da Florence and The Machine.

Lembrando que mesmo com o Ibope vacilante "Smash" foi renovada para uma segunda temporada. 

Tracklist:
1. “Touch Me” – original
2. “Stand” – original
3. “Who You Are” – Jessie J
4. “Crazy”
5. “Beautiful” – Christina Aguilera
6. “Haven’t Met You Yet” – Michael Bublé
7. “Shake It Out” – Florence and The Machine
8. “Brighter Than the Sun” – Colbie Caillat
9. “Let Me Be Your Star” – original
10. “The 20th Century Fox Mambo” – original
11. “Mr. & Mrs. Smith” – original
12. “Let’s Be Bad” – original
13. “History Is Made at Night” – original

Você pode comprar pela Amazon clicando aqui

Fonte: AmericanIdolBr

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Whitney Houston em trailer do filme musical Sparkle


Foi divulgado o primeiro e comovente trailer de “Sparkle”, filme estrelado pela cantora Jordin Sparks, revelação do “American Idol”, e que tem participação póstuma de Whitney Houston. A prévia, que destaca a ascenção de um grupo musical formado por três irmãs, começa com um ritmo animado e revela uma participação cômica da diva pop recém-falecida. Mas é difícil não se arrepiar na segunda metade da projeção, quando Houston solta a voz em cena.

No longa, ela canta duas músicas: a versão da clássica “Eyes on the Sparrow”, em um grande número gospel, e a canção dos créditos finais, a inédita “Celebrate”, composta pelo rapper R. Kelly. Ambas as músicas estarão na trilha sonora oficial do longa.

“Sparkle” é uma refilmagem do drama musical de mesmo nome, lançado em 1976, com roteiro de Joel Schumacher (“O Fantasma da Ópera”). Sua trama gira em torno de três irmãs que saem de um coral de igreja para atingir o estrelato na década de 1960, e é levemente baseada na trajetória das Supremes. Whitney, que faleceu em fevereiro, interpreta a mãe das três garotas, que se mantém cautelosa diante do sucesso das filhas.

A nova versão tem direção de Salim Akil e roteiro de sua mulher, Mara Brock, ambos da série “The Game”, e a estreia está marcada para 10 de agosto nos EUA


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Luciano Andrey e Priscilla


Cada vez que sai da coxia e pisa no palco para interpretar Mitzi, o protagonista do musical Priscilla, Rainha do Deserto, um filme se passa na cabeça do ator Luciano Andrey. Tal qual seu personagem, há dez anos, ele chegava a São Paulo em busca de um sonho em cima de um palco.

Luciano se encontrou com o blog em um café do shopping Bourbon, onde atua no espetáculo no Teatro Bradesco. Jeito simples, sorriso cativante no rosto.

Caçula de quatro filhos, nasceu em Diadema, na região paulista do ABC, mas logo a família se transferiu para a pequena Bofete, cidade com menos de 10 mil habitantes a cerca de 200 km de São Paulo.

Passou a infância “andando a cavalo, trabalhando na roça e nadando no rio”. Mais tarde, outra mudança. Dessa vez, para Campinas. Como a mãe batalhava sozinha a criação dos filhos, começou a trabalhar cedo.

Aos 11 anos, vendia iogurte pelas ruas da cidade. Não podia, mas bebia parte da mercadoria, numa travessura infantil em meio a tanta responsabilidade. E não parou por aí. Fez de tudo. Foi estoquista, ajudante de padeiro e até operador de telemarketing.


Aos 15 anos, o tímido Luciano começou a estudar teatro. Foi com a irmã Patrícia, que logo abandonou o curso. Ele, não. Mas foi aos 19 anos que o teatro veio para se instalar de vez na vida dele. Criou um grupo cênico com dois amigos, Luciana Alcaraz e Beto Lázzaro. Passaram a se apresentar em escolas da região.

Com o primeiro dinheiro grande que entrou, compraram um ônibus para a trupe excursionar mundo afora. De brincadeira, chamavam o veículo de Priscilla, tal qual o do filme e o do musical que viria a interpretar no futuro. Mas este futuro ainda estava longe.

Depois de algumas turnês, as escolas nos arredores já tinham visto as montagens da Cia. Brasil. E o dinheiro começou a faltar. Após três anos de glória, foram à falência e o ônibus, comprado por R$ 15 mil, foi vendido por R$ 5 mil para um ferro velho.

A decepção motivou o grande salto. Embarcou em um ônibus rumo a São Paulo com R$ 200 dado pela amiga Ângela Resta. Saiu de casa com a mochila nas costas e a mãe chorando na porta.

Morou com uma tia por dois meses, mas logo teve de procurar seu rumo na Selva de Pedra. Saiu distribuindo currículos por aí. E deu certo. Logo, arrumou lugar em uma peça. De Campinas, a mãe deu o conselho: prestar exame para a EAD, a Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo. Assim, conseguiria a moradia universitária grátis. Passou de primeira.

O mundo acadêmico “abriu a cabeça” de Luciano. A profissão até então realizada instintivamente passou a ter marcos teóricos. Como o estudo demandava tempo, só dava para tirar um trocado como garçom. Passou perrengue, mas não desistiu.

Ao fim do curso, pegou de última hora a personagem Geni, na remontagem da Ópera do Malandro, de Chico Buarque. A força em cena lhe abriu portas. Foi chamado para dar aula de teatro na Casa de Artes OperÁria em troca de aulas de canto, já que até então cantava por instinto.

Lá, ficou sabendo do teste para o grande musical My Fair Lady, de 2007. Entrou para o coro. De repente, estava no grande mundo dos musicais da Broadway. Assustou-se no começo. Tudo era muito diferente. Foi se acostumando aos poucos. Emendou com West Side Story e O Rei e Eu, todos sob comando do diretor Jorge Takla, com quem aprendeu muito.

Aí veio a chance de protagonizar Mambo Italiano, a comédia dramática que mostrava a história de um jovem roteirista que precisava resolver de uma vez por todas o problema social com sua homossexualidade. Logo, se destacou. Foi percebido como ator.

A peça seguia seu caminho quando, em uma brincadeira do destino, soube das audições para o musical Priscilla. Lembrou-se do velho ônibus de Campinas e foi.

Ao saber que havia conquistado o protagonista quase caiu para trás. Mas segurou as pontas. Atualmente, sobe no palco do Teatro Bradesco todo fim de semana para contar a história do drag queen Mitzi, um rapaz cheio de sentimentos confusos, “mas que apenas é um ser humano, como todos nós”.

No final de cada sessão, vê espectadores emocionados. Alguns vêm para agradecê-lo pela experiência. E ele sabe bem da importância deste momento. Afinal, só começou a fazer teatro porque “queria tocar as pessoas”. E sabe que conseguiu: “Quer presente maior para mim depois de dez anos nesta cidade?”.

Fonte: R7

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