terça-feira, 13 de março de 2012

Musical no Pará sobre Margarida Schivasappa


A missão de redespertar o grande público para a importância da professora de música e teatro Margarida Schivasappa é o grande mote do espetáculo “Acorde Margarida”, que estreia nesta quinta-feira, 15, às 20h, no Teatro Universitário Cláudio Barradas em Belém do Pará. A produção ficará em cartaz até o dia 18, sempre no mesmo horário.

A realização é da Companhia Teatral Nós Outros, com incentivo da Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves (FCPTN). O acervo reunido por Antônio Pantoja também está sendo transformado em livro que será editado pela FCPTN. O texto de Acorde Margarida já foi apresentado numa leitura dramática que celebrou os 25 anos do teatro do Centur. Após a estreia no Claudio Barradas, a peça circulará por vários palcos de Belém até ser apresentada na reabertura do teatro da Fundação Tancredo Neves que, nesse momento, está em reforma.

Escrita por Carlos Correia Santos, a peça é livremente inspirada nos relatos e documentos reunidos pelo pesquisador Antônio Pantoja ao longo de vários anos. De acordo com o dramaturgo, a ideia de trazer para a cena o legado de Margarida ganhou reforço graças a dois marcos. “Estamos comemorando, em 2012, os 25 anos do teatro do Centur, que tem o nome de Schivasappa, e os 125 anos de Heitor Villa Lobos, o grande mestre, mentor e incentivador da nossa famosa professora. O palco se abre para que o público descubra, entenda e divulgue a relevância desta artista pioneira e desbravadora. Precisamos olhar para os grandes nomes do nosso passado para que possamos entender o valor que tem nossa cultura. Para que consigamos entender que construímos uma História rica, que nos torna raros”, afirma Carlos Correia.

A montagem tem direção geral de Hudson Andrade. Para o diretor, ao lado da aposta no resgate memorialístico, “Acorde Margarida” representa um passo artístico importante. “A oportunidade de fazer esse trabalho me permite a experiência nova de dirigir um musical, ampliando minha área de atuação profissional. Além disso, estamos valorizando os talentos locais. E, claro, é especialmente significativo valorizar nosso patrimônio histórico-cultural”, afirma.

Desdobramentos

Para dar maior amplitude ao empreendimento de reavivar a memória de Schivasappa, a produção do espetáculo escolheu apostar em caminhos variados. O primeiro foi o suporte literário. A dramaturgia do musical foi transformada em livro pela editora paulista Giostri. A publicação será vendida nas sessões. “Também vamos sortear para o público alguns exemplares. A ideia é fazer com o espectador vá para casa com Margarida”, conta o diretor.

As redes sociais também se tornaram ferramentas valiosas. No blog do espetáculo, é possível acessar posts sobre o cenário cultural dos anos 30 e 40 e dados sobre nomes fundamentais que ladearam Schivasappa, como Villa Lobos, Getúlio Vargas e Paschoal Carlos Magno. No Facebook, os internautas acompanham informações sobre os bastidores da peça e o Twitter potencializa as demais ferramentas.

A direção musical é de Reginaldo Viana; assistência de direção de Luciana Porto e assistência de direção musical de Zé Neto. No elenco, Maíra Monteiro, Tiago de Pinho, Fernanda Barreto e Juliana Porto. Participação especial de Leoci Medeiros. As coreografias são de Waldete Brito. A cenografia e figurino foram criados por Neder Charone. A luz tem assinatura de Sônia Lopes. As fotos de divulgação são de Brends Nunes e Frederico Mendonça. 

Agência Pará notícias

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