sexta-feira, 9 de março de 2012
Entrevista Idina Menzel para a The Advocate
Graças, em parte, à sua criação de dois papéis emblemáticos na Broadway - Maureen em Rent e Elphaba em Wicked - a vencedora do Tony Awards, Idina Menzel, é a favorita dos gays. Sua poderosa voz está sempre em alta na Broadway e no palco de concertos.
No seu novo cd "Idina Menzel Live: Barefoot no Symphony" gravado no Toronto’s historic Royal Conservatory of Music a estrela mostra um repertório musical surpreendente e que passou mais de 20 anos sendo construido. Além de ter virado um especial da PBS o projeto foi lançado nesta terça-feira em Cd/DVD/Blu-Ray nos EUA.
The Advocate: Idina Menzel Live: Barefoot at the Symphony possui músicas que os fãs esperavam que você cantasse bem como algumas surpresas. Como você escolhe o material?
Idina Menzel: A idéia de ter essa orquestra magnífica, emocionante atrás de você é incrível e pode ainda ser assustador, então eu queria músicas que iriam viver e respirar, mas também um equilíbrio e manter uma intimidade. É uma mistura eclética. Há um monte de teatralidade mas depois há momentos em que eu falo para o público e tudo se torna pessoal. Eu sabia que eu queria compartilhar certos aspectos da minha vida, então eu descobri que as canções deveriam narrar isso.
Ao fazer um show assim, como você se envolve nos arranjos musicais?
Estou muito envolvida. Sento-me com Rob Mounsey, meu director musical, no piano e nós começamos as coisas apenas para piano e vocal e dái falamos sobre onde queremos que seja diferente.
E seus grande sucessos? É importante refazê-los?
Sim, mas eu tenho que ser cuidadosa. Uma música como "Defying Gravity", que eu cantei tantas vezes no passado, eu já tentei mexer demais com ela. Desta vez com a orquestra atrás de mim eu resolvi apenas cantá-la. Meu objetivo foi evocar esse momento incrível no show. Eu voltei a esse respeito e realmente não fugi do drama e da teatralidade do momento.
Falando de "Defying Gravity", porque você acha que tantas pessoas se conectam com essa canção?
Em algum momento de nossas vidas eu acho que todos nós nos sentimos estranhos ou diferentes. É nesse momento no show que Elphaba decide: "Eu vou fazer isso de uma forma diferente agora. Eu vou parar de me preocupar com o que as pessoas pensam e apenas abraçar quem eu sou. Foda-se o que possam pensar". Ela é o nosso herói, porque ela se levanta e faz.
Há também o lado de como mulher queremos ser poderosas e destemidas mas temos medo de que isso acabe parecendo que somos as mandonas incensíveis. A canção é a maneira da personagem de aproveitar seu incrível poder e usá-lo para mudar o mundo das pessoas não temendo a sua força. Sou tão agradecida por ter vivido naquele mundo (de Wicked) e poder ser tão poderosa como eu queria.
Quando você começou a tomar consciência da batalha pelos direitos dos homossexuais?
Provavelmente quando eu estava no elenco Rent. Ao interpretar Maureen eu estava educando-me em ...
O que era para ser uma lésbica de verdade?
Sim! [Risos] Não, mais sobre as experiências da comunidade gay. Depois de ver o show, crianças e jovens me escreviam cartas dizendo que se viram nestes personagens e como eles eram gratos que estávamos celebrando-os. Este show deu permissão, a muitos deles, para serem quem eram. Não é necessariamente sobre se você é ou não gay, mas é sobre encontrar quem você é e celebrar isso. Não era algo que eu estava planejando mas quando eu percebi que essas pessoas estavam confiando, se identificando comigo e que isso era um presente. Então eu resolvi que eu seria uma voz, o tanto quanto pudesse, para aqueles que estavam sentados na platéia de Rent. E isso me faz sentir muito bem.
Será que vamos vê-la em um musical em breve?
Espero que sim. Tenho algumas coisas acontecendo com as quais estou realmente animada. Eu decidi que realmente quero colocar minha energia em papéis em musicais inéditos e essas coisas levam tempo. Wicked levou anos.
Fonte: The Advocate
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