O sonho de todo produtor da Broadway é encontrar um musical que faça sucesso e fique em cartaz... para sempre. Os investimentos são altos então errar pode significar uma perda considerável. Será que apostar numa montagem baseada em uma história que tenha sido popular nos cinemas é uma fórmula garantida de se ter um musical de sucesso?
Alguns filmes parecem que foram destinados a se tornarem musicais no palco, como é o caso de "Victor/Victoria", "A Bela e a Fera" e "Mudança de Hábito", mas outras montagens menos prováveis também chegaram aos palcos: É o caso de "O Senhor dos Anéis", "É um pássaro... é um avião... é o Super-Homem!", e o mais recente "Spider-man: Turn Off the Dark". Esta última produção é a mais cara da história da Broadway ($75 milhões) e teve o maior número de "pré-estreias" que qualquer outro musical (182 performances). A montagem teve sua estreia adiada várias vezes e as primeiras críticas foram devastadoras, mas como o musical não saia dos jornais, principalmente pelo número elevado de acidentes sofridos pelo elenco, o público fez questão de comparecer para tirar suas próprias conclusões, mas ainda não é certo se o musical conseguirá ficar mais de cinco anos em cartaz, o necessário para que a produção se pague.
Enquanto "O Rei Leão" e "Mary Poppins" ainda estão em cartaz e indo bem, outros espetáculos não podem dizer o mesmo. Musicais como "Tarzan", "Shrek" e "Legalmente Loira" não tiveram uma recepção calorosa na Broadway, mas seu sucesso nos cinemas garantiu que os musicais pudessem ser revisados e remontados no exterior. As alterações no roteiro agradaram aos críticos e aqueceram as bilheterias, para o alívio dos investidores.
Alguns produtores dizem que não existem "musicais ruins", apenas shows que não foram "suficientemente revisados", mas talvez a Warner Bros tenha levado esta regra muito a sério. Na sua primeira montagem para a Broadway a Warner apostou alto. Utilizou as Crônicas Vampirescas de Anne Rice como base, material que levou às telas os inesquecíveis vampiros de "Entrevista com o Vampiro" interpretados por Tom Cruise e Brad Pitt, e decidiu produzir o musical "Lestat". Contratou Elton John para compor as músicas e a renomada roteirista Linda Wooverton para adaptar os livros. Foi montado uma "prévia" do musical em São Francisco, prática comum para musicas que vão estrear na Broadway, e foi a prévia mais lucrativa da história (batendo Cats e Wicked). Com tudo indo as mil maravilhas os produtores podiam deixar tudo como está, mas resolveram revisar ainda mais o roteiro. Resultado: a peça da Broadway diferia bastante da sua prévia e foi um fracasso de bilheteria, tendo apenas 39 apresentações.
Enquanto "O Rei Leão" e "Mary Poppins" ainda estão em cartaz e indo bem, outros espetáculos não podem dizer o mesmo. Musicais como "Tarzan", "Shrek" e "Legalmente Loira" não tiveram uma recepção calorosa na Broadway, mas seu sucesso nos cinemas garantiu que os musicais pudessem ser revisados e remontados no exterior. As alterações no roteiro agradaram aos críticos e aqueceram as bilheterias, para o alívio dos investidores.
Alguns produtores dizem que não existem "musicais ruins", apenas shows que não foram "suficientemente revisados", mas talvez a Warner Bros tenha levado esta regra muito a sério. Na sua primeira montagem para a Broadway a Warner apostou alto. Utilizou as Crônicas Vampirescas de Anne Rice como base, material que levou às telas os inesquecíveis vampiros de "Entrevista com o Vampiro" interpretados por Tom Cruise e Brad Pitt, e decidiu produzir o musical "Lestat". Contratou Elton John para compor as músicas e a renomada roteirista Linda Wooverton para adaptar os livros. Foi montado uma "prévia" do musical em São Francisco, prática comum para musicas que vão estrear na Broadway, e foi a prévia mais lucrativa da história (batendo Cats e Wicked). Com tudo indo as mil maravilhas os produtores podiam deixar tudo como está, mas resolveram revisar ainda mais o roteiro. Resultado: a peça da Broadway diferia bastante da sua prévia e foi um fracasso de bilheteria, tendo apenas 39 apresentações.
Outro fracasso total foi a adaptação para os palcos do filme de terror "Carrie, a estranha" sobre uma garota com poderes telepáticos. Não se sabe exatamente porque, talvez pelos "efeitos especiais" dos objetos em movimento que causavam mais risos do que medo, das rimas grotescas das canções como "It's a simple little gig / You help me kill a pig" ou pelo elenco não estar confortável com a equipe técnica após um acidente que quase decapitou a atriz Barbara Cook no primeiro ensaio aberto para o público, mas o musical estreou numa quinta e fechou no domingo, em cartaz por cinco dias e uma perda de oito milhões de dólares.
Ainda assim os produtores continuam tentando. A cada temporada, novos musicais saem das telas direto para os palcos, como é o caso de "Footloose", "Ghost", "Dirty Dancing" e até "Edward Mãos de Tesoura" foi adaptado como um espetáculo de dança. A não ser que os produtores sejam Max Bialystock e Leo Bloom, vamos torcer para que esses musicais, pelo menos, retornem seu investimento, fazendo com que mais e mais produções sejam montadas.
Por Rafael Oliveira
Diretor cênico, roteirista e versionista da Escola de Teatro Musical de Brasília (ETMB)
https://sites.google.com/site/musicalembomportugues/
Ainda assim os produtores continuam tentando. A cada temporada, novos musicais saem das telas direto para os palcos, como é o caso de "Footloose", "Ghost", "Dirty Dancing" e até "Edward Mãos de Tesoura" foi adaptado como um espetáculo de dança. A não ser que os produtores sejam Max Bialystock e Leo Bloom, vamos torcer para que esses musicais, pelo menos, retornem seu investimento, fazendo com que mais e mais produções sejam montadas.
Por Rafael Oliveira
Diretor cênico, roteirista e versionista da Escola de Teatro Musical de Brasília (ETMB)
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